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Criada em 1917, a revista De Stijl ("O estilo", em holandês), foi uma publicação iniciada por Theo van Doesburg, Gerrit Rietvield e Piet Mondrian e alguns colegas que viriam a compor o movimento artístico conhecido por Neoplasticismo, nome dado por Piet Mondrian à sua filosofia artística. Em virtude da influência dos textos da revista, que muitas vezes assumiam um aspecto de manifesto, pois tinham uma abordagem filosófica utópica à estética, o próprio movimento neoplástico (e mais tarde, o Elementarismo) é confundido com o nome da revista.

O Neoplasticismo, também chamado De Stijl e mais tarde Elementarismo, possuía uma filosofia baseada no funcionalismo, com uma grave e doutrinária insistência sobre a retilinearidade dos planos por ângulos retos, o que faz parecer deslizar uns aos outros como painéis deslizantes.
O ângulo reto e as três cores primárias, completadas pelo preto, branco e cinza compunham os elementos básicos da expressão. Uma vez que os meios de criação artística ficavam assim especificados, era agora possível quebrar a “supremacia do indivíduo” e criar “soluções colectivistas”.
O movimento permaneceu coeso por quinze anos,no entanto, em 1925, o De Stijl já mostrava sinais de desgaste, não tendo se renovado e com muitos artistas procurando novos caminhos. Neste ano, Piet Mondrian renunciou publicamente ao movimento, ao entrar em conflito com Van Doesburg acerca do rumo teórico a ser seguido – Mondrian condenava o uso de linhas diagonais que Van Doesburg passou a fazer, já que o ângulo reto era um dos pilares fundamentais de sua teoria neoplástica.

Em 1928, a revista "De Stijl" finalmente parou de circular, após alguns anos de publicação intermitente, fazendo com que muitos estudiosos apontassem-no como o ano final do Neoplasticismo. Todavia, devido à militância persistente de Theo Van Doesburg, alguns especialistas afirmam que a dissolução só ocorreu em 1931, ano da morte do pintor.

 

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